Bons pensamentos - Instrumentos geradores de paz, harmonia, fraternidade e boas vibrações

Por Rogério Nascente 

Blog Certas Palavras
rogerionascente.blogspot.com.br

No livro Missionários da luz, conta-nos o Espírito André Luiz, através de psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier (1910-2002), uma passagem muito interessante, envolvendo dois espíritos: Vieira e Barbosa. Barbosa já se encontrava no plano espiritual, enquanto Vieira permanecia no mundo físico - e contava já com idade avançada. Eles mantiveram estreita amizade. 

Antes da realização de um trabalho na esfera espiritual, em que era permitida, para fim de aprendizado, no período do sono noturno, a presença de espíritos encarnados, os benfeitores notaram a ausência de Vieira. Algo teria acontecido que o privara de comparecer ao estudo. Alexandre, o dirigente da reunião, solicitou a Sertório, seu auxiliar, que comparecesse à residência do ausente, a fim de informar-se sobre o ocorrido. André Luiz acompanhou-o no desempenho daquela missão.

Ao chegarem à casa de Vieira, André Luiz descreve-nos o quadro que vislumbraram: “Em poucos instantes, encontrávamo-nos dentro de quarto confortável, onde dormia um homem idoso, fazendo ruído singular. Via-se-lhe, perfeitamente, o corpo perispirítico unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras. Notei que o companheiro adormecido permanecia sob impressões de doloroso pavor. Gritos agudos escapavam-lhe da garganta. Sufocava-se, angustiadamente, enquanto a entidade escura fazia gestos que eu não conseguia compreender”.

A situação narrada é resultante de algo tido por banal, com as suas naturais consequências - toda ação gera uma reação. É que Vieira, em conversação com seus familiares, atribuiu ao seu amigo desencarnado uma série de ações reprováveis. Ao ligarem-se pelo pensamento, Barbosa acompanhou o que era dito e sentiu-se injustiçado. Esperou a noite, no momento do afastamento parcial e temporário de Vieira de seu corpo físico, para “pôr os pingos nos is”.

Ao notar a situação, apesar de entender que o próprio Vieira a causara, Sertório buscou, amorosamente, indicar a Barbosa o caminho do perdão. Barbosa respondeu-lhe: “O senhor admite que devamos ouvir impassíveis os remoques da leviandade? Não será passível de censura e punição o amigo infiel que se vale das imposições da morte para caluniar e deprimir? Se Vieira sentiu-se no direito de acusar-me, desconhecendo certas particularidades dos problemas de minha vida privada, não é justo que me tolere os esclarecimentos até o fim? Não sabe ele, acaso, que os mortos continuam vivos? Ignorará, porventura, que a memória de cada companheiro deve ser sagrada? Ora esta! Eu mesmo já lhe ouvi, em minha nova condição de desencarnado, longas dissertações referentes ao respeito que devemos uns aos outros... Não considera, pois, que tenho motivos justos para exigir um legítimo entendimento?”.

Essa passagem nos traz importantes lições. Apresentá-la aqui objetiva convidar à reflexão - jamais causar temores, eis que o entendimento nos conduz ao equilíbrio. O estudo da Doutrina Espírita nos traz elucidações e liberta de interpretações fantasiosas.

Estamos, nos dois planos, interligados por faixas vibratórias. Nossos pensamentos criam sintonias. Às vezes, por exemplo, pensamos em falar com uma pessoa e, de repente, ela telefona. Dizemos: “Que coincidência, estava pensando em ti!”. Assim também se dá entre as esferas física e espiritual. Disciplinemos o nosso pensar.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Ritmo, beleza e alegria

Próximo

O Ano das Eleições

Deixe seu comentário